Para entender as diferenças, primeiramente, você precisa compreender que a clínica de recuperação é a única forma para ajudar um usuário de drogas a sair da dependência química e alcoólica.
O tratamento é recomendado por especialistas da área da saúde, e não realizar a reabilitação pode provocar sérios problemas de saúde física, mental, pode provocar overdose, coma alcoólico e para casos mais graves, até a morte do dependente químico.
Saiba as diferenças e procure tratamento o mais rápido possível. É possível viver uma vida sem nenhuma ligação ao vício, mas para que isso aconteça, é necessário dar o primeiro passo.
O que é uma clínica de recuperação?
Uma clínica de recuperação é uma instituição especializada no tratamento de pessoas com dependência de substâncias químicas, como álcool e drogas.
Esses centros oferecem uma abordagem multidisciplinar, combinando atendimento médico, psicológico e terapêutico, com o objetivo de ajudar os pacientes a superarem a dependência, desenvolver habilidades de enfrentamento e reintegrar-se na sociedade.
O tratamento em uma clínica de recuperação geralmente inclui desintoxicação supervisionada, terapias individuais e em grupo, atividades de reabilitação, e, em alguns casos, acompanhamento contínuo após a alta.
O que são programas de reabilitação?
Programas de reabilitação em drogas são iniciativas estruturadas destinadas a ajudar indivíduos a superar a dependência de substâncias químicas.
Esses programas podem variar amplamente em termos de abordagem, duração e ambiente, e podem ser oferecidos em formatos ambulatoriais ou internados.
Eles geralmente incluem uma combinação de desintoxicação supervisionada, terapia individual e em grupo, educação sobre dependência, desenvolvimento de habilidades de enfrentamento, e apoio contínuo para prevenir recaídas.
Os programas são projetados para tratar tanto os aspectos físicos quanto psicológicos da dependência, ajudando os indivíduos a alcançarem e manter a sobriedade, além de promover a reintegração saudável na sociedade.
Como as duas se relacionam?
As duas definições são fortemente interligadas, ou seja, quando um familiar ou responsável do usuário de drogas decide realizar a internação, o primeiro passo após a decisão é encontrar uma clínica de recuperação altamente segmentada e especializada no tratamento.
Depois da escolha, a equipe médica realiza o resgate e a partir de então, começa o programa de reabilitação. Desse modo, há três etapas fundamentais para direcionar o programa da reabilitação, sendo a avaliação médica, desintoxicação das drogas no corpo e a ressocialização do adicto na sociedade novamente. Veja abaixo:
- Avaliação Médica:
- O médico psiquiatra realiza uma avaliação médica do paciente, definindo o grau de dependência, os problemas psíquicos desenvolvidos em decorrer ao uso, as drogas utilizadas e a constância.
- O profissional também monitora a evolução do paciente e as medicações que devem ser utilizadas para controlar as crises de abstinência e para tratar os problemas psíquicos.
- O médico define o tempo de duração do tratamento e controla uma crise de abstinência grave, dando o suporte em tudo o que for necessário.
- Desintoxicação:
- A segunda etapa do tratamento é responsável por retirar toda a droga do corpo de forma segura e responsável, respeitando a integridade física e mental do paciente.
- A parte da desintoxicação envolve a presença de enfermeiros, nutricionistas, supervisores e educadores físicos. Essa equipe multiprofissional é responsável por ajudar o paciente em toda a reabilitação.
- O objetivo da desintoxicação é ajudar o paciente a controlar seus impulsos e viver uma vida saudável sem nenhuma ligação ao uso compulsivo do produto.
- Ressocialização:
- Considerada uma das partes mais importantes, a ressocialização ajuda o indivíduo a trabalhar estratégias de enfrentamento e o autocontrole.
- A terceira parte é direcionada por psicólogos, realizando palestras, terapias comportamentais individuais e em grupos, terapia racional emotiva, terapia cognitivo-comportamental, terapia em grupos como Alcoólicos Anônimos e Narcóticos Anônimos e os 12 passos para evitar recaídas.
- Essas atividades são responsáveis por trabalhar a conscientização do usuário de drogas, mostrando os malefícios do uso, e os benefícios de viver uma vida sem nenhuma relação ao uso do produto.
Quando é necessário solicitar ajuda médica?
Reconhecer o momento certo para solicitar ajuda médica é crucial para o sucesso no tratamento da dependência química. A dependência de substâncias como álcool, drogas ilícitas e medicamentos prescritos pode ter impactos devastadores na saúde física e mental, nas relações pessoais e na qualidade de vida geral. Aqui estão alguns sinais e situações que indicam que é necessário buscar ajuda médica:
- Incapacidade de parar o uso: Se uma pessoa tenta repetidamente parar de usar uma substância, mas não consegue, mesmo com um forte desejo de fazê-lo, é um sinal claro de que precisa de ajuda profissional. A dependência química altera a função cerebral, tornando extremamente difícil para o indivíduo parar por conta própria.
- Sintomas de abstinência: Quando a interrupção do uso de uma substância resulta em sintomas físicos ou psicológicos adversos, como tremores, ansiedade, depressão, náuseas ou convulsões, é vital buscar ajuda médica. Esses sintomas indicam que o corpo está fisicamente dependente da substância e a desintoxicação supervisionada por profissionais de saúde pode ser necessária.
- Impacto na saúde física e mental: O uso contínuo de substâncias pode levar a graves problemas de saúde, incluindo doenças cardíacas, hepáticas, pulmonares, e transtornos mentais como depressão e ansiedade. Se o uso de substâncias está causando danos à saúde, é crucial procurar ajuda médica imediatamente.
- Problemas nas relações pessoais e sociais: A dependência química frequentemente leva ao isolamento social, conflitos familiares e problemas no trabalho ou na escola. Se o uso de substâncias está prejudicando as relações pessoais e sociais de alguém, é hora de buscar apoio profissional para tratar a dependência.
- Comportamentos de alto risco: O uso de substâncias pode levar a comportamentos perigosos, como dirigir sob a influência, praticar sexo desprotegido, ou envolver-se em atividades criminosas. Tais comportamentos aumentam o risco de acidentes, doenças e problemas legais, e indicam uma necessidade urgente de intervenção médica.
- Perda de controle e aumento da tolerância: Quando uma pessoa precisa de quantidades cada vez maiores de uma substância para obter os mesmos efeitos, isso indica uma crescente tolerância e dependência. A perda de controle sobre a quantidade e frequência do uso é um sinal claro de que a ajuda médica é necessária.
- Negligência de responsabilidades: Se o uso de substâncias leva à negligência de responsabilidades importantes, como trabalho, estudos, ou cuidados com a família, é um sinal de que a dependência está dominando a vida da pessoa. A intervenção médica pode ajudar a retomar o controle sobre essas áreas.
- Tentativas frustradas de tratar sozinho: Muitas pessoas tentam superar a dependência por conta própria, mas a maioria não consegue devido à complexidade da doença. Se várias tentativas de parar ou reduzir o uso falharam, é hora de buscar ajuda profissional.
- Recaídas frequentes: Recaídas são comuns no tratamento da dependência química, mas recorrentes recaídas indicam a necessidade de um tratamento mais estruturado e intensivo, disponível em clínicas de recuperação e programas de reabilitação especializados.
- Danos psicológicos e emocionais: Sentimentos persistentes de tristeza, desesperança, irritabilidade, ou mudanças drásticas de humor relacionados ao uso de substâncias são sinais de que a saúde mental está sendo afetada. O tratamento médico pode abordar tanto a dependência quanto os transtornos psicológicos associados.
Agora que você entende sobre as diferenças, sabe como funciona o plano de reabilitação e os sinais de quando buscar ajuda médica, fale com o grupo Flor de Liz e ajude quem precisa. Para sair da dependência química e alcoólica, é necessário dar o primeiro passo.